quinta-feira, julho 20, 2006

Sanatório.
O fascínio toma o seu lugar.
A mulher concede a atenção ao princípio das coisas tocadas - pela extensão etérea dos homens no mundo: as suas mãos. Expressão da sua alma. Contingência da sua razão.

Porque reconhecemos o caos com tanta veemência?
É na tentativa de reencontrar em cada objecto uma história, de apropriação e abandono?

"Assustas-me pela tua imponência, pelo teu deserto interior.
Pareces estar à espera de algo.
Nestes anos deixaste que muito viesse ao teu encontro. Mas nada cresceu em ti. De ti, só se apoderou uma coisa: a doença."