quinta-feira, maio 04, 2006
era uma vez um menino. que sabia rir-se de si fazendo rir os outros. aqueles julgavam-no menino simples, existência que lhes trazia sorrisos às bocas. Julgaram que seria palhaço, um dia. Um dia chegou e ele fugiu. Não ficou para tomar a decisão. Tomou outra. Mudou de ares, fez sorrir outras pessoas pelo caminho. Andou a pé e de avião, foi pedreiro, carpinteiro, pintor. Actor em horas vagas, apercebeu-se que o melhor que sabia era fazer sorrir as pessoas. Dia após dia foi palhaço. Um certo dia, ficou, a tempo inteiro.
segunda-feira, maio 01, 2006
Escrever e aguardar...que o nosso público das desventuras nos reconheça como irmãos, irmãos da mesma linguagem e sentimento. É um tiro no escuro e no oco. E no eco, se faz ouvir a nossa voz, tantas vezes já a léguas de distância, já a léguas do nosso sentir. Parece que detemos a eternidade e que a damos ao mundo já com o nosso lugar marcado. Marcado com a marca que a nossa alma não esquece, e para tantos também o corpo.
A referência somos nós que a criamos. a neve, as estrelas, a luz, a surpresa de algo superior..a montagem das ideias é a consequência do nosso quadro mental. Círculo dividido em quatro partes, com quatro cantos. A nossa mente tem cantos que a razão desconhece. E o que chega aí? Intercidades não deve chegar, porque ser do interior é ser-se renegado. O que temos nós aí? cantos de teias de aranha, onde pacientemente se aguardam os mais recônditos segredos?
Subscrever:
Mensagens (Atom)