terça-feira, dezembro 16, 2008

Dona

não sei de onde vem o vento.
só sei que o sinto, a moldar as feições, a fazer dançar o cabelo.
Não quero dizer nada entretanto.
Escuto.
Dos 36ºC do corpo parece só restarem 30.
Aproxima-se chuva.
cheira a terra que quer ser molhada.
Apetece-me ficar.

Ébria

Preciso da tua presença
Da envolvência dos sentidos

só?

Sem ti não me vejo, não me oiço, não reflicto
Cheiro a essência que deixaste, na qual me envolves num rasto sem fim.
Onde ficou o beijo?

Agora

Da imensidão do nosso sentir
ressoam ecos de ondas de desejo

Voltar a unir
o que o passado apartou

Brisa, mar
voltar, ir
trazer, levar
[que da praia tenho receio de mergulhar]

Eis que volto a sentir que sem ti sou divisa
que em ti tenho vontade de acabar, viver, renascer...